Se em Crepúsculo Robert Pattinson está voando de primeira classe – a dor suave, com uma bela vista e um ambiente livre ao seu redor – então, em Lembranças o galã inglês está viajando de Classe Econômica – um pouco mais barata, não tão agradável, mais instável, uma vista piorzinha e aquela música pop que não pára de tocar.
Mas apesar de ser a Classe Econômica, é uma viagem inesquecível, e ainda mais, ele está cercado por pessoas maravilhosas, pessoas que jamais esquecerá (no meu caso, eu conheci um dos meus melhores amigos em uma viagem de ônibus aos 14 anos). E tenho que dizer, você vai demorar a esquecer o enredo maravilhoso de Lembranças.
Sem querer ofender Crepúsculo e suas sequências (na verdade, acho os filmes extremamente interessantes), mas uma cena de qualquer um desses filmes não seria algo que um ator gostaria de enviar junto a sua candidatura a uma vaga na Juilliard¹. O filme é bom, mas é mais o estilo sobre a substância, e francamente, não sobra muito aos atores além de franzir as sobrancelhas, olhar ou choramingar. Como consequência disso, acabamos não vendo muito de Robert Pattinson como ator (considerando que ele mais brilha do que atua nos filmes). Sabemos que ele tem o cabelo perfeito, e definitivamente tem carisma dentro e fora das telas, tanto que ganha de sua companheira de cena, mas o jovem ator inglês pode atuar de tal maneira que faria seus fãs assistirem ao filme no Teatro Kodak e notar sua magnífica atuação?
Nós temos a resposta. E ela é sim.
Essa é a vez de um Pattinson desesperado, apaixonado e sensivelmente humano na pele do personagem Tyler em Lembranças, papel que o levará do status de “estrela de cinema” ao de ator.
Tyler é o típico jovem problemático. Ele perdeu seu irmão mais velho há alguns anos, e isso acaba afastando seu pai (Pierce Brosnan) ainda mais da família, Tyler está perdido e aparentemente convencido de que ninguém sabe pelo que ele está passando. Isso até encontrar Ally (Emilie de Ravin), uma jovem garota com um passado também cheio de problemas, sem contar aqueles com seu pai. Juntos, Tyler e Ally encontram a felicidade e um jeito de lidar com tudo o que há de ruim em suas vidas.
Mas há uma nuvem negra sob a relação do casal. Ally não sabe, mas Tyler conhece o seu pai, e a relação dos dois não aconteceu por acaso. O policial (Chris Cooper) prendeu Tyler pouco antes dele conhecer a garota. E é quando ele e seu colega de quarto (Tate Ellington) descobrem que o policial tem uma filha, e decidem se aproximar dela.
Dirigido por Allen Coulter (Hollywoodland: Bastidores da Fama) e baseado no roteiro de Will Fetters, a jornada na vida desses personagens é pura emoção. Você não vai apenas testemunhar boas atuações, mas vai estar imerso em uma história que não apenas cativa, mas que toca, ensina e nos torna pessoas melhores. O filme é realmente um pacote completo.
O romance central é brilhantemente feito e creditado a Pattinson de Emilie de Ravin (Lost), um dos casais mais crus, reais e que não forçam em nada a relação, de todos os tempos. Funcionam perfeitamente. O mais fantástico de tudo isso é que você honestamente acredita que eles sejam um casal.
Assim como a relação entre Pattinson e Pierce Brosnan – a dualidade válida entre pai e filho, com o ex-007 assumindo o lugar do pai que usa uma armadura para esconder seus verdadeiros sentimentos.
E falando em atuações memoráveis, a jovem Ruby Jerins, que interpreta a irmã mais nova de Tyler, nos diz que ela será uma das jovens atrizes que chamará nossa atenção no começo de 2011.
Muitos ficarão chocados com o final do filme, que parece sair de lugar algum. Por mais brilhante que a ideia seja, isso não acaba com o ótimo filme que foi produzido.
Lembranças é um dos grandes filmes de 2010. Não perca
Até hj eu choro quando lembro do fim!!
Amanhã vou assistir de novo..
BY:Jéssica
;p
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